… de regresso…

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Não se aborreçam… mas se anotaram este endereço, era de férias. E findas que são, resolvo regressar a morada antiga, arejando-a e renovando-a.

Votos de bom regresso de férias, de melhores viagens – inclusivé, até lá, aos Espelhos e Labirintos.

Agosto 26, 2006 at 8:58 pm 8 comentários

flash

stile1.jpg 

cercados com cancelas…

passagens das sombras para a luz…

caminhos entrecortados, como inspirações arfantes…

viagens interrompidas, nos breves segundos da abertura da cancela ou na hesitante demora em sair para o sol…

Agosto 11, 2006 at 10:45 am 10 comentários

de mansinho

veuadois.jpg

Encontrei a saudade nos lençóis,

Girando trôpega entre almofadas.

Ia aconchegá-la, mas repensei.

Oh, se repensei!

Saí depressa antes que ela desse por mim.

Agosto 10, 2006 at 7:41 pm 4 comentários

não me ocorreria…

bouguereau_danslesvagues.jpg

Do «original» de Bougerau a cartaz de Festival…

Passeio em Genéve

já achei curioso. E não me ocorreria!

Mais ainda que se decidisse que a arte devia ser «segura»….

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 … dá para acreditar?

Agosto 9, 2006 at 10:19 pm 1 comentário

Metáfora

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A dança como movimento fluido, ao ritmo de uma música…como imagem do pensamento e como realidade do corpo – tema de uma mobilidade fixada a si mesma, que não se inscreve simplesmente a partir do exterior.  

Cada gesto, cada traço da dança apresenta-se, não como uma consequência, mas como o que revela a própria fonte da mobilidade.

E a corporiedade permite uma espécie de cartografia do pensamento e do desejo.

Transformados, no decurso da dança, somos impulsionados para um dentro que se exterioriza. 

A emoção mescla-se com a melodia.

Os corpos entendem-se e a fluidez torna belo o que podia ser canhestro. Mesmo quando o é. Ou ainda que o seja.

Relevante é o que permite e promove, mais do que aquilo que produz.

 

Agosto 9, 2006 at 10:08 pm 3 comentários

flash

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No sedoso das pétalas, um dourado luminoso.

Mote de uma ideia sobre fragilidade e tempo, do espaço entre florir e extinguir-se. Mas, mais forte e densa, a ideia do muito belo enquanto dura. Como as outras coisas da vida.

E se não se pode pedir ao deserto que dê água, também não às fllores que sejam eternas.

Agosto 3, 2006 at 11:03 am 11 comentários

pode, pode, pode…

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O pavimento é pré-existente, já lá está antes de se chegar. O sentido e a direcção é de Quem viaja nele, colocando os pés de acordo com a vontade e o alcance possível.

Podem tornear-se os desenhos, ignorá-los, caminhar a direito, em curvas, arrastando os pés ou saltitando entre figuras… pode decidir-se fazer uma linha recta onde ela não existia ou parar apenas..

A quantidade de opções que se pode é quase infinita. Porque tropeçamos nas que não se pode? e lamentamos não poder voar sobre o pavimento?…

Agosto 1, 2006 at 6:31 pm 3 comentários

minúcia

 de Pedro Gomes

minucioso e delicado gesto,

dedicado ao que não é visível

nem provavelmente será visto.

Gestos por si, de si, em si.

Quantos assim nos rodeiam…

Agosto 1, 2006 at 6:06 pm Deixe um comentário

flash # 44

Genève

O que mais gostei nela… foi que estivesse no meio de um parque central na cidade, gloriosamente descontraída, uma mão segurando a outra, a olhar para o lado … com um semisorriso de quem desfolha gratas memórias só por si conhecidas…

ao olhá-la, regressa-me aquela sensação de se reunirem o recato e a audácia, a serenidade e a determinação… ah! e a inveja também regressa…

Julho 30, 2006 at 9:27 pm 7 comentários

breve

mar.jpg

Mesmo em espaço aberto e profundo,

de horizonte indefinivel,

é possível traçar contornos.

Resta que se mantenha a incompletude… 

Julho 29, 2006 at 10:03 pm Deixe um comentário

metáfora musical

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…chega devagar, como um murmúrio, pianíssimo.

De adagio leve, de convidativo andamento.

Súbito, com staccato envolvente,

ressoa fortissimo apassionato.

Julho 29, 2006 at 9:53 pm 2 comentários

de escárnio e maldizer

desertimage_dang.jpg

Sei-te de Cor  

Sei de cor  –  cada traço  –  do teu rosto  –  do teu olhar.  –  Cada Sombra da tua voz.  –  E cada silêncio  –  cada gesto que tu fazes  –  Meu amor sei-te de cor  –  Sei  –  Cada capricho teu  –  E o que não dizes  –  Ou preferes calar.  –  Deixa-me adivinhar  –  não digas que o louco sou eu  –  se for tanto melhor  –  Amor sei-te de cor  –  Sei  –  Por que becos te escondes. –  Sei ao pormenor  –  o teu melhor e o pior.  –  Sei de ti mais do que queria  –  Numa palavra diria  –  Sei-te de cor

 Tive mesmo de ouvir a música, colocada por aceso entusiasmo e a querer-me convencer da musicalidade… Credo! Como é possível…. saber Outro de cor, se muitas vezes nem a si mesmo? E assumindo que é realmente presunção, é ainda um atentado à possibilidade do outro modificar-se, transformar-se…

Vamos aos «ses»: (1) se fosse literal, suponho que o amor estará a extinguir-se ou, pelo menos, o interesse. Ou o senso de descoberta em cada estar com Quem se ama. Até porque «sei mais de ti do que queria» pode ser corrosivo…  (2) se é metáfora, é das mais pobres que já li…mesmo que apenas para entreter, podia ser mais de desejo do que de acção – «queria saber-.te de cor» pelo menos, parece mais sensitivo.

Entretenimento e Música não dispensam de ser inteligente, pois não?!

Julho 27, 2006 at 10:44 pm 7 comentários

# 2 Cores: verde

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Depois do azul,

 o verde é a cor da natureza, das árvores, dos campos e dos bosques. Assim como da Esperança. A energia do verde reflecte participação, adaptabilidade, generosidade e cooperação. É uma cor que facilita o raciocínio correcto e amplia a consciência e compreensão –  é a imagem da segurança e da protecção e cria um ambiente propício para tomar decisões.

O verde é a cor mais harmoniosa e calmante de todas. Simboliza vida nova, energia, fertilidade, crescimento.

Gosto de verdes…

Julho 27, 2006 at 10:52 am 14 comentários

de fugida

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*

Uma brisa insaciada:

sabe-me a agridoce

que salga a sede

e destempera a fome.

*

Um relanceio curioso desliza:

refulge em opalina imagem,

aguça o olhar

e ancora-se em querer ficar.

*

Julho 27, 2006 at 12:38 am 3 comentários

no ar

decksitters.jpg 

 Ainda que as raízes estejam contidas, retidas, protegidas, o que sai, espraia-se para lá dos limites e expande-se… ao caso, apropria-se do olhar e do encantamento. Algo tão belo, emergindo de um espaço tão fechado, tão estrangulante.

Pensando bem, é «ainda que» ou exactamente «por que» as raízes estão encarceradas… ?

 O belo aéreo emergindo! e florescendo.

Julho 26, 2006 at 2:11 pm 8 comentários

lava

 Há lidos de expressão singela, que ecoam quando os murmuramos.

 Foi o caso, e, com a devida vénia a,  aqui fica:

Photoblog, Birsk, Fire

A certeza de te amar 

Sustenho, por vezes,
a incerteza de uma imagem
torturante, na aparência
embebida de mutismos
que à deriva abalroa quase tudo,
que se levanta,
repetida e sem governo,
como um bruto Adamastor.
Contudo,
não te resistem
as minhas cores de ardor e mel,
nem o pronto retorno à tua carne,
onde o tempo se desfia,
ora preguiçoso, ora moço,
e onde teço
sinfonias de loucura, para ti,
na ajuizada certeza de te amar.

Nylson

Julho 24, 2006 at 12:25 pm 4 comentários

erro(s) com problemas de consciência

Caminho de pedras 

Fica sabendo que um erro é um equívoco, um desvio do caminho… um engano ou um delito. Há quem o tenha na conta da falha ineludível – e é. Quem o considere embaraçoso – e às vezes é. Portador de culpa, como uma brisa envenenada – e às vezes é.

Por vezes, erra-se, sem querer e sem parar a pensar: nem se vê o potencial de erro – senão depois de se ter cometido. E, mais raramente, quando se erra por se deixar tentar, encontra-se algo que nem se procurava, que nem se sabia que fazia falta, e depois faz bem.

Um erro com consequências felizes, que passa a ser uma sorte ter acontecido – um erro que se interroga se continua a ser um erro.

Julho 23, 2006 at 9:26 pm 9 comentários

Casa de férias…

Vista para o mar 

Declaro este sítio como “casa de férias”… em que o tempo é despreocupado, o vento é leve e o sol aquece docemente a pele e alma.

Encerro hoje, ainda que provisoriamente, a Casa Mater em http://espelhoselabirintos.blogspot.com

e por aqui postarei durante uns tempos!

Julho 23, 2006 at 2:39 pm 10 comentários

enigmático

Namoro, Almada Negreiros 

 O título é «Namoro», por Almada Negreiros. E ele teria as suas razões…

Evoca-me um apaziguamento dos sentidos. Um semiadormecimento relaxante.

Julho 23, 2006 at 1:55 pm Deixe um comentário

flash

a nudez tranquila,

enquanto se joga consigo, contra e per si

e ao redor, a transição para os monturos e as paredes por caiar

… a centração no essencial absolve.

Julho 16, 2006 at 9:53 pm Deixe um comentário

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No meio do molho de chaves

"Twenty years from now you will be more disappointed by the things that you didn't do than by the ones you did do. So throw off the bowlines. Sail away from the safe harbor. Catch the trade winds in your sails. Explore. Dream. Discover." Mark Twain
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"bastam dois espelhos opostos para construir um labirinto" afirma J.L.Borges. E cada um, em Si mesmo, é prismático o bastante para o labirinto ser da interioridade de cada um. Por isso, no Labirinto nos procuramos, e ainda que sem fios, dispondo de espelhos.

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